segunda-feira, 17 de março de 2014

O projeto político pedagógico

Projetos Pedagógicos.

 As 10 Competências para Ensinar; Os quatro Pilares da Educação; Inteligências Múltiplas, Tendências Pedagógicas.



Concurso Prefeitura de São Bernardo do Campo - SP

A Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo, São Paulo. abriu edital n° 01/2014 de concurso público, para preenchimento de 400 vagas nas funções de professor I de educação básica, professor II de educação básica - disciplina Artes e rofessor II de educação básica - disciplina Educação Física. Podem participar do certame, candidatos de nível superior. O vencimento oferecido é de até R$ 2.402,10, para jornadas de 30 horas semanais. As inscrições ficarão abertas exclusivamente pela internet, até o dia 03 de abril de 2014, no endereço eletrônico www.ibamsp-concursos.org.br. Quem não tiver acesso próprio à internet, poderá utilizar os equipamentos do Programa Acessa São Paulo, nos endereços disponíveis no edital. A taxa de inscrição poderá ser de R$ 49,00 ou R$ 69,00. Haverá prova objetiva de caráter eliminatório e classificatório e prova de títulos, apenas classificatória. A aplicação das provas está prevista para o dia 27 de Abril de 2014. Está prevista para o dia 17 de Abril de 2014 a divulgação de Edital de convocação contendo a confirmação da data e as informações sobre horários e locais de realização das provas. A publicação dos gabaritos da prova objetiva será efetuada no site do IBAM www.ibamspconcursos.org.br, e no jornal oficial do Município “Notícias do Município” para efeito de recursos. Os títulos deverão ser entregues no período de 02 a 04 de abril de 2014, das 9 às 15 horas no Centro de Formação dos Profissionais da Educação - CENFORPE “RUTH CARDOSO” - Av. D. Jaime de Barros Câmara, 201, Bairro Planalto, São Bernardo do Campo. O prazo de validade deste concurso é de dois anos, a contar da data de homologação, prorrogável por igual período, a juízo da Administração.

 Municipal. fonte: concurso Brasil

quinta-feira, 6 de março de 2014

Verbetes importantes para concurso - parte 3

11. AVALIAÇÕES EXTERNAS  


No final dos anos 70, solidificou-se nos Estados Unidos o conceito de que a educação é a principal mola propulsora do desenvolvimento dos povos. Essa idéia acabou se disseminando pelo mundo, tendo com isso aflorado preocupações muito significativas sobre algumas questões essenciais. Deixou-se de supervalorizar a acumulação de conteúdos a fim de priorizar habilidades e competências. O importante, quando se fala em avaliações externas, é considerar que elas devem obedecer a certos quesitos, como isenção, sigilo, universalidade, seriedade e simultaneidade na aplicação das provas, para que dessa forma elas sejam confiáveis, oferecendo segurança aos avaliados, quer sejam eles alunos ou instituições.
Os Objetivos das avaliações Externas são: oferecer subsídios à formulação, reformulação e monitoramento de políticas públicas e programas de intervenção ajustados às necessidades diagnosticadas nas áreas e etapas de ensino avaliadas;  identificar os problemas e as diferenças regionais do ensino;  produzir informações sobre os fatores do contexto socioeconômico, cultural e escolar que influenciam o desempenho dos alunos; proporcionar aos agentes educacionais e à sociedade uma visão clara dos resultados dos processos de ensino e aprendizagem e das condições em que são desenvolvidos e desenvolver competência técnica e científica na área de avaliação educacional, ativando o intercâmbio entre instituições educacionais de ensino e pesquisa.

12. BEHAVIORISMO 


O Behaviorismo (behavior, em inglês, comportamento) se trata de uma corrente técnico-teórica da Psicologia. Teve origem com o lançamento, em 1913, do manifesto  “A Psicologia tal como a vê um Behaviorista”, de John B. Watson. Ele afirmava que a Psicologia deveria ser redefinida como estudo do comportamento, ou  uma filosofia de uma ciência do comportamento que estuda a relação entre comportamento e ambiente. Nesse estudo, que começou com a observação de animais, é verificado o comportamento de um indivíduo em ambientes cuidadosamente controlados, oferecendo uma alternativa para o estudo do comportamento humano. Mais tarde, Skinner desenvolveu o conceito de condicionamento operante, no qual o animal que estava sob observação era premiado após realizar um determinado comportamento almejado, sendo reforçado com um prêmio. Skinner ainda desenvolveu uma máquina de ensino, onde se aprendia paulatinamente, encontrando-se  as respostas que levavam ao prêmio imediato.

13. BULLYING

É como se caracterizam as formas de atitudes agressivas intencionais e recorrentes praticadas, sem motivação evidente, por crianças e adolescentes, executadas dentro de uma relação desigual de poder. Os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que  tornam possível a intimidação da vítima. Esse tipo de comportamento causa nas pessoas que são seu alvo humilhação, dor e angústia. Afeta estudantes, pais e professores no mundo inteiro. A palavra bullying é derivada do verbo inglês bully, que significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Também tem valor de adjetivo, com o significado de “valentão” e/ou “tirano”. Não existe uma tradução na língua portuguesa capaz de expressar as várias situações de bullying, mas, em geral, ela está associada a ações como colocar apelidos, ofender, humilhar, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, etc.
Comumente, vemos, no ambiente escolar, crianças, desde muito pequenas, e adolescentes, colocando apelidos nos colegas, criando estigmas, discriminando-os por serem obesos, negros, pobres, pela sua orientação sexual ou  religiosa, por pertencerem a diferentes tribos e grupos, etc.
Esse cenário pode passar despercebido por parte dos educadores que vêem às vezes, esses comportamentos como brincadeiras. Porém, para os que sofrem bullying, é algo muito mais sério e, por vezes, trágico.
Além  de causar danos cruéis, o bullying está disseminado nas escolas, e seus comportamentos característicos tendem a aumentar rapidamente com o avanço da idade dos alunos. Os motivos que levam a esse tipo de violência são extremamente variados e estão relacionados com as experiências que cada indivíduo tem em sua família e/ou comunidade.
 As práticas de bullying apresentam características, como comportamentos deliberados e danosos, produzidos de forma repetitiva em período prolongado de tempo contra uma mesma pessoa; mostra uma relação de desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima; não há motivos evidentes; acontece de forma direta, por meio de agressões físicas e verbais, e de forma indireta, por meio de agressões morais e  psicológicas, caracterizando- se pela disseminação de rumores que visam à discriminação, ao preconceito e à exclusão .
Mais do que um fenômeno, para  BEAUDOIN & TAYLOR, o bullying é uma cultura na escola, mas não é algo natural e inevitável entre os jovens. Muitos alunos tem  dificuldades, não só de auto-aceitação e de convivência com seus pares mas também de aprendizagens.
Diante dessa realidade é necessário criar situações favoráveis às aprendizagens e à formação cidadã dos indivíduos. Assim, para BEAUDOIN & TAYLOR, ao trabalhar o Bulling na escola, deve-se fortalecer  o vínculo que  refere-se ao estar junto e também à realização de atividades conjuntas, impedindo o surgimento de sérios problemas entre os alunos, como as brigas, a competição, o desrespeito, ajudando-os a serem tolerantes uns com os outros, a aceitar a diversidade em sala de aula e a aproveitar o tempo que passam na escola.

14. CICLOS  


Os ciclos de formação, políticas de ciclos ou ensino por ciclos são uma alternativa apresentada para a organização do ensino básico da Educação Básica em resposta aos diversos problemas apresentados pelo ensino seriado, sistema escolar predominante no Brasil até o início dos anos 90. No estado de São Paulo, os ciclos foram implantados a partir de 1997, através do regime de progressão continuada. Segundo a proposta oficial, o objetivo da Progressão Continuada seria possibilitar que os alunos aprendessem cada vez mais, mediante a eliminação de dificultadores os quais, supostamente, estariam interrompendo o processo de aprendizagem dos alunos e levando-os à reprovação, em especial, a desconsideração dos conhecimentos construídos pelos alunos no decorrer do ano letivo.  As idéias básicas do regime de progressão continuada, fundamentadas em princípios da psicologia do desenvolvimento, da aprendizagem e da teoria sócio - construtivista da educação, são: toda criança é capaz de aprender; -toda interação professor/aluno e aluno/aluno resulta em aprendizagem; -a aprendizagem ocorre em um movimento não linear, o que permite que alunos atrasados em relação ao seu grupo consigam avançar e dominar conteúdos que, até então, eram considerados inacessíveis;  -a aprendizagem é um processo contínuo e sem retrocessos, conseqüentemente, a repetência é capaz de destruir a auto - estima do aluno e sabotar a sua capacidade de aprender. Em termos operacionais, a evolução escolar do educando dentro dos ciclos é de avanço contínuo. Assim, os alunos poderão progredir do 1o até o 5o ano (ciclo I) e do 6º  até o 9º ano (ciclo II) continuamente. Ao final de cada ciclo (5o série e 9º ano ), caso não atinjam os parâmetros de aprendizagem, conhecimento e habilidades desejáveis, têm o direito de fazer a recuperação de ciclos,por um ano letivo. O processo de avaliação é contínuo e cumulativo, possibilitando que necessidade de atividades de reforço e recuperação seja diagnosticada rapidamente e que as dificuldades detectadas possam ser solucionadas o mais brevemente possível. Com a proposta de atender aos agrupamentos de alunos com ritmos e dificuldades variados sugere-se, além da realização de atividades coletivas, em pequenos grupos ou individuais, o planejamento de situações de trabalho diversificado, o que exige do professor a elaboração, o planejamento de atividades diferentes e o equilíbrio na formação de grupos mais autônomos, para que os alunos mais adiantados possam auxiliar aqueles que precisam de maior colaboração.  O ponto de partida do trabalho deve ser o cotidiano do aluno, seu real contexto de aprendizagem, trazendo-se para a sala de aula o que já se conhece para ser retomado e reconhecido e, a partir daí, ampliar-se em direção a um outro patamar de conhecimento sistematizado.  


15. CIDADANIA  


É, juntamente com a preparação para o mundo do trabalho, um dos objetivos centrais da educação escolar brasileira, definidos pela Constituição Federal e Pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). O  termo cidadania se refere aos direitos e deveres das pessoas. Considerando-se como centrais os direitos  políticos que se referem  ao direito de  votar e ser votado para ser representante da população nos poderes executivo, legislativo e judiciário; e os direitos civis, como o direito à liberdade de expressão, à vida , a propriedade e também direitos sociais, como ter acesso à educação, saúde, segurança e moradia.  Foi somente no século V a.C.(antes de Cristo), em Atenas, cidade- estado da Grécia, que a política passou a ser atividade não só de soberanos, mas também de um determinado grupo de homens designados como CIDADÃOS, pois nasceram na própria CIDADE de Atenas.   Nesse século, após vencerem os persas, os atenienses transformaram a sua cidade  no   maior centro intelectual do mundo grego e construíram um sistema político em que, pela primeira vez, a soberania era atributo de determinados membros da cidade. Essa experiência grega é considerada a primeira proposta de DEMOCRACIA que a humanidade conheceu e aconteceu no período em que a cidade foi governada por Péricles. Entre os povos romanos, eram considerados cidadãos todos aqueles que viviam na cidade de Roma e gozavam dos benefícios de participar da vida política, como os patrícios (aristocratas), no século II d.C. O direito de ser cidadão romano havia se estendido também a alguns habitantes das terras conquistadas pelos romanos. Mas, o conceito atual de cidadania remete à  Revolução Francesa, na qual o termo foi adaptado aos objetivos dela e definitivamente associado a ideia de democracia.  Na história dos povos ocidentais, a idéia de cidadania foi sendo construída e conquistada de várias formas e em  vários momentos diferentes. Atualmente, por vezes, o termo aparece adjetivado como por exemplo: cidadania responsável, cidadania política, etc.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Projeto prevê fim do cadastro de reserva em concurso público

Projeto de lei 6004/13

Conhecido como projeto da Lei Geral dos Concursos Públicos, o texto proíbe a seleção para cadastro reserva; exige licitação para a contratação de bancas examinadoras; e prevê a nomeação de candidato aprovado se houver contratação de terceirizado para o cargo, entre outros pontos.

Tramita na Câmara dos Deputados o projeto de lei 6004/13, do Senado, que regulamenta a aplicação de concursos públicos federais. Atualmente, não existe lei que trate do tema – apenas as regras previstas no Decreto 6.944/09.
Esse decreto permite, por exemplo, a realização de concurso de cadastro de reserva, proibido na proposta.
Licitação
Outra medida prevista no projeto é a contratação de bancas examinadoras por licitação. A banca examinadora deverá comprovar aptidão técnica e logística para realizar concursos. Além disso, não poderá subcontratar para elaborar ou corrigir questões de provas. O projeto também permite que o órgão faça diretamente o concurso.
Também segundo a proposta, o candidato aprovado em concurso terá direito subjetivo à nomeação se houver contratação de terceirizado para trabalhar em atividades inerentes ao cargo ou emprego público em disputa.
Edital
Pelo projeto, o prazo entre a publicação do edital e a aplicação das provas deverá ser de, no mínimo, 90 dias. Atualmente, o Decreto 6.944/09 estabelece tempo mínimo de 60 dias.
O período de inscrição será de, pelo menos, 30 dias do edital. Qualquer alteração do edital, a não ser que seja correção de erros de redação, reabrirá o prazo para as provas.
O edital deverá conter detalhamento de datas da prova, número de vagas, conteúdo a ser cobrado, entre outras especificações do concurso. O resultado não poderá ser acessível unicamente ao candidato, mas à toda população. A metodologia de avaliação de cada fase e a fórmula para cálculo de nota também deverão ser explicadas na regra da seleção.
Questões copiadas
O projeto exige que o concurso seja inédito, sem questões copiadas de outras avaliações. As bancas organizadoras deverão divulgar na internet, por tempo indeterminado, todas as suas provas com gabaritos.
O cancelamento do concurso com edital já publicado deverá ser fundamentado pela entidade organizadora e poderá levar à indenização por prejuízos causados ao candidato.
Em caso de dano causado aos candidatos, a instituição organizadora do concurso e o órgão Publico poderão acionar judicialmente seus funcionários culpados para pagar a penalidade definida em lei.
Pelo projeto, o Judiciário conseguirá impugnar o edital do concurso e poderá discutir a legalidade das questões e dos critérios de correção. Esse julgamento, muitas vezes, não é feito pelo Judiciário, ao argumentar que o edital é a lei reguladora do concurso.
Abrangência
A proposta trata dos concursos para cargos e empregos públicos da administração direta, dos fundos especiais, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União.
As regras do projeto também valem para a seleção de práticos, responsáveis pela assessoria ao comandante para condução do navio. A legislação atual (Lei 9.537/97) se refere à seleção para a praticagem, que não é um concurso publico.
O projeto foi originalmente apresentado pelo então senador Marconi Perillo (PSDB-GO), atual governador de Goiás. Na avaliação de Perillo, ainda faltam muitos aspectos para regular os concursos. “A intenção é estabelecer um conjunto de normas para garantir a transparência e isonomia dos processos seletivos e proporcionar condições de disputas iguais”, disse.
Tramitação
O texto tramita apensado ao Projeto de Lei 252/03, também do Senado, e está sob análise da Comissão de constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara. Depois da CCJ, o projeto seguirá para votação no Plenário.
Fonte: Agência Câmara

terça-feira, 4 de março de 2014

5 conceitos importantes para concurso

 É o processo de avaliação que tem como objetivo detectar o conjunto de conhecimento assimilado pelos alunos no interior do processo ensino aprendizagem. Sua função é processual diante da atividade pedagógica, diferente da ação dirigida ao aluno ou ao conjunto de conhecimento  trabalhado, procura observar e integrar as três dimensões, docente, conhecimento, discente, no interior da instituição de ensino.  A avaliação diagnóstica deve estar sempre norteada pela proposta pedagógica, tanto no que se refere à concepção e eixos centrais das áreas de conhecimento quanto aos pontos de chegada , uma vez que faz parte do trabalho como um todo. Sabendo aonde quer chegar e como, o professor pode fazer uma avaliação diagnóstica que não o leve a classificar os alunos, mas sim indique caminhos para o trabalho. Deve ser um instrumento do reconhecimento dos caminhos percorridos e a identificação dos caminhos a serem perseguidos. Diante disso a avaliação da aprendizagem escolar deve ser vista como meio e não fim em si mesma, não sendo dessa forma apenas uma ação mecânica, mas com um objetivo a ser seguido.
É uma avaliação pedagógica e não punitiva, que vai além da prova clássica, cujo objetivo é contabilizar acertos e erros. Com a avaliação diagnóstica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do aluno. De acordo com a avaliação diagnóstica, o professor precisa localizar num determinado momento, em que etapa do processo de construção/apropriação do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o seu progresso. Esse diagnóstico, onde se avalia a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno. Esse conceito está desenvolvido , principalmente nas obras de Cipriano Luckesi e se diferencia da Avaliação Mediadora, principalmente por estar mais adequada à concepção critico social dos conteúdos do que ao construtivismo. 


7.  AVALIAÇÃO DIALÓGICA  

Conforme definido por Yves de la Taille, a  prova clássica,  objetiva contabilizar acertos e erros, enquanto a avaliação dialógica é  pedagógica e não punitiva. Com a avaliação dialógica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do aluno, para isso, ele precisa localizar,num determinado momento, em que etapa do processo de construção do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o  seu progresso avaliando a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno, dialogando com o processo de ensino-aprendizagem.  A idéia de avaliação dialógica surgiu a partir da abolição da repetência no ensino fundamental nas escolas públicas, com a chamada progressão continuada. 


8.  AVALIAÇÃO INTEGRADORA 

Segundo Zabala, a avaliação é um processo, no qual o professor precisa de objetivos claros, saber o que as crianças já conhecem e preparar o que eles devem aprender — tudo em função de suas necessidades (avaliação inicial). O segundo passo é selecionar conteúdos e atividades adequadas àquela turma (avaliação reguladora). Periodicamente, ele deve parar e analisar o que já foi feito, para medir o desempenho dos estudantes (avaliação final). Ao final, todo o processo tem de ser repensado, de forma a mudar os pontos deficientes e aperfeiçoar o ensino e a aprendizagem (avaliação integradora).  



9.  AVALIAÇÃO MEDIADORA  

Jussara Hoffman (Avaliar para Promover, as Setas do Caminho, 2004), na perspectiva de superação  das práticas avaliativas positivistas e  classificatórias (baseadas em verdades absolutas, critérios objetivos, padronização e estatísticas), que tem como objetivo classificar e selecionar no processo de seriação, provocar atitudes alienadas e reprodutoras, com visão centrada no professor e em medidas padronizadas, em disciplinas fragmentadas na lógica da competição, propõe uma avaliação em favor de uma ação consciente e reflexiva sobre o valor das situações avaliadas e do exercício do diálogo entre os envolvidos. Assim, se confere ao educador uma grande responsabilidade no compromisso com o objeto avaliado e com sua própria aprendizagem – daí a avaliação mediadora, fundada na ação pedagógica reflexiva, com o objetivo explícito de promover melhoria na situação avaliada.  
 Em se tratando da avaliação da aprendizagem, sua finalidade não é o registro do desempenho escolar, mas a observação contínua das manifestações de aprendizagem para desenvolver ações educativas que visem à promoção, a melhoria das evoluções individuais. A finalidade da avaliação mediadora é subsidiar o professor, como instrumento de acompanhamento do trabalho, e a escola, no processo de melhoria da qualidade de ensino, para que possam compreender os limites e as possibilidades dos alunos e delinear ações que possam favorecer seu desenvolvimento. A finalidade da avaliação é promover a evolução da aprendizagem dos educandos e a promoção da qualidade do trabalho educativo, colocando a avaliação a serviço da aprendizagem, da formação, proporcionando cidadania, mobilizando em busca de sentido e significado da ação, tendo a intenção de acompanhamento permanente de mediação e intervenção pedagógica favorável a aprendizagem, tendo visão dialógica, de negociação, referenciado- se na interdisciplinaridade e na contextualização, respeitando as individualidades, confiando na capacidade de todos, na interação e na socialização do processo avaliativo. Segundo a autora, da mesma forma que o professor media a questão do conhecimento com o aluno a avaliação deveria mediar este processo, para desta forma tornar possível a identificação de problemas na aprendizagem do aluno, bem como no método que o professor emprega para realizá-lo.  

10. AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIAS  

A avaliação numa abordagem por competências, segundo Perrenoud,  deve verificar não só os conhecimentos mas a capacidade do aluno no enfrentamento de novas situações. Ela deve estar baseada em critérios relacionados com o saber, saber ser e saber fazer, privilegiar a resolução de problemas, pois as tarefas devem ser contextualizadas; estimular a colaboração entre pares; o contrato didático; valorizar os conhecimentos anteriores e os valores dos alunos e verificar o grau de domínio das competências visadas; promover a auto-avaliação e definir de forma clara os critérios para realizá-la.   

segunda-feira, 3 de março de 2014

5 CONCEITOS IMPORTANTES PARA CONCURSO

HOJE COMEÇO UMA SERIE DE 80 VERBETES QUE TODO CONCURSANDO DEVE SABER PARA SE DAR BEM NAS PROVAS...

1.  ANTROPOLOGIA COGNITIVA
A Antropologia Cognitiva,citada por Perrenoud, é um campo teórico-conceitual com ênfase especial no entendimento da estrutura de significação que membros de uma sociedade utilizam para construir a vida cotidiana, os significados compartilhados que fazem a vida social possível, bem como os métodos válidos que auxiliam o pesquisador a descobrir essas significações e avaliar o grau em que elas são compartilhadas e distribuídas em relação a fatores sociais. A antropologia cognitiva amplia o horizonte de estudos do pensamento humano de uma forma bastante peculiar. Busca entender as variações de pensamento e manifestações comportamentais em diferentes culturas.



2.  APRENDIZAGEM EM PIAGET 

Na concepção piagetiana, a aprendizagem só ocorre mediante a consolidação das estruturas de pensamento, desse modo, a aprendizagem sempre se dá após a consolidação do esquema que a suporta. Para que ocorra a construção de um novo conhecimento, é preciso que se estabeleça um desequilibrio nas estruturas mentais, isto é, os conceitos já assimilados necessitam passar por um processo de desorganização para que possam novamente, a partir do contato com novos conceitos se reorganizarem estabelecendo um novo conhecimento. Este mecanismo pode ser denominado de equilibração das estruturas mentais, ou seja, a transformação de um conhecimento prévio em um novo.
  



3.  AUTONOMIA  
Esse conceito, tem a ver com a possibilidade do educando, paulatinamente, construir as competências e habilidades para continuar aprendendo por conta própria, a possibilidade de tomar as suas decisões num mundo em constante transformação.  As Diretrizes Curriculares Nacionais definem autonomia  como um objetivo que se inicia no Ensino Infantil, que deve ser construído de forma gradativa e concretizado  no final do Ensino Básico.  Segundo Paulo Freire, o professor, progressista para trabalhar com a perspectiva da autonomia,  contribui positivamente para que o educando seja artífice de sua formação, e o ajuda no empenho da busca de investigações, de forma crítica. É indispensável à experiência histórica que só acontece onde há problematização do futuro. Um futuro não determinado, mas que pode ser mudado. O papel histórico não é só o de constatar o que ocorre, mas também o de intervir como sujeito de ocorrências, não para se adaptar, mas para mudar a realidade. Quando se trata da escola, a autonomia se refere à efetiva responsabilidade e poder de decisão atribuídos a unidade escolar e as condições para que ela realize essa responsabilidade; tais como suporte técnico, financeiro, recursos humanos, mecanismos de avaliação de resultados e organização da participação dos pais.

4.  AVALIAÇÃO 
A avaliação, na educação tradicional, está restrita a uma prova, na qual os alunos sentados separadamente, em silêncio, de cabeças baixas   realizam questões preparadas pelo professor. A estas questões depois de corrigidas, são atribuídas notas de acordo com o desempenho de cada um, a partir da perspectiva do professor.  Este procedimento tenta avaliar o desempenho do aprendizado do aluno, porém, não necessariamente leva o professor a avaliar seu próprio desempenho.  
Na perspectiva abordada, deve levar em conta que, se a média da classe foi satisfatória, e apenas alguns alunos não apresentaram o desempenho esperado, é possível concluir que os conteúdos foram assimilados pela maioria dos alunos e que esses modificaram atitudes e valores dos educandos.  Certamente a metodologia de trabalho do professor foi bem sucedida, embora um trabalho mais individual deva ser realizado com os alunos que não obtiveram bom desempenho.
Porém, se a média da classe foi baixa, pode-se supor que o desempenho do professor não está sendo satisfatório, que o ensino não está sendo significativo para os alunos e que, provavelmente, a metodologia de trabalho adotada precisa de alterações.
A avaliação precisa se entendida como instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados e às habilidades desenvolvidas. Ação que necessita ser contínua, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim rever a sua prática e redirecionar suas ações, se preciso.
Não há lugar para  a avaliação autoritária ou  classificatória, mas se abre um longo espaço para outros  tipos de  avaliação: diagnóstica, mediadora, integradora, ou por competências, dependendo da concepção de  educação, sendo com certeza, uma forma de melhorar o trabalho e acompanhar cada aluno, melhorando seu desempenho escolar e o trabalho do próprio professor.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais,  "a avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre  sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio."    A avaliação é imprescindível dentro da instituição educacional, porém  quando é utilizada apenas como uma forma de obtenção de números pode tornar-se um instrumento de segregação do aluno com dificuldades de aprendizagem. Pode igualmente levar a taxação dos alunos de uma maneira geral, sem proporcionar ao professor uma visão do seu próprio trabalho e do aluno como indivíduo, ou seja, a avaliação quando realizada desta maneira, nivela os alunos como iguais sem que haja a oportunidade de serem enxergados como indivíduos únicos.
 
5.  AVALIAÇÃO DE SISTEMAS  
A avaliação de sistemas educacionais tem por objetivo o levantamento de informações relevantes, principalmente sobre acesso e qualidade educacionais de determinado sistema de ensino, de modo a subsidiar os elaboradores de políticas públicas e tomadores de decisão em geral a planejar e implementar ações que visem à melhoria do sistema avaliado.   Para a avaliação de sistemas educacionais são construídos instrumentos de avaliação, que podem ser testes de larga escala,  aliados a questionários de fatores associados que ajudam a levantar as informações desejadas. A avaliação também pode ser amostral em que apenas parte da população educacional é submetida aos testes, ou censitária em que o conjunto total de estudantes é submetido aos testes. Podem, também, ser selecionadas uma ou mais disciplinas para a avaliação. Contexto Mundialmente, a avaliação de sistemas decorreu, de um lado, da necessidade de racionalizar os recursos existentes para atender a uma crescente demanda populacional por educação e, de outro, para implementar reformas educacionais que buscassem melhor distribuição das oportunidades, diminuindo a exclusão e a desigualdade social. Mais recentemente, na década de 80, crises sociais e econômicas foram responsáveis por mostrar uma nova dimensão à questão educacional, uma vez que a competição entre mercados globais apontou como tendo forte vantagem competitiva nações que haviam elevado a qualidade educativa de sua população. Em face desse novo paradigma que associa educação a desenvolvimento, os olhares se voltaram à eficiência das instituições escolares. Desse modo, as análises advindas das avaliações buscaram verificar a influência de todos os fatores envolvidos na educação, tais como administração escolar, aprendizagem, currículo e, mais recentemente, competências e habilidades cognitivas. No Brasil, a discussão sobre a montagem de um sistema de avaliação da educação básica surgiu no bojo das discussões sobre redemocratização e redefinição dos papéis dos estados, municípios e União, entre 1985 e 1986, tendo em vista a busca de articulação e cooperação entre as instâncias governamentais e a sociedade como um todo. Assim, precedido de algumas experiências isoladas, teve início em 1988 o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB, cuja última aplicação ocorreu em 2003.  Inspirados pelo SAEB e pela importância das informações que ele traz, alguns estados brasileiros têm desenvolvido seus próprios sistemas de avaliação, como é o caso de São Paulo, Ceará, Goiás, Maranhão, entre outros. Desse modo, o SAEB, juntamente com os sistemas estaduais, tem fornecido informações relevantes que ajudam no desenvolvimento de estratégias de melhoria da educação brasileira.

FONTE: APOESP

domingo, 2 de março de 2014

Lei de Diretrizes e Base da Educação

Vídeo aula disponível em nosso canal do youTube: http://www.youtube.com/watch?v=ttpGk6IBt_Y&feature=c4-overview&list=UU1qvJT1ua4Nth0xDt4430sQ